segunda-feira, 26 de março de 2007

A Impontualidade do Amor

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a TV,
devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem
que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em
folha.
Trimmm!
É a sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por
telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do
esperado e encontrar você numa fase "galinha", sem disposição para
relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode
chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado,
cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.
Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que
você está de banho tomado e calça jeans. Agora que você está se
achando bonito. Agora que você está empregado. Agora que você pintou
o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz.
Agora que você está com coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.
Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe
enxerga e mal repara em outro alguém que só tem olhos para você. Ou
então, fica arrasado porque não foi à praia no final de semana. Toda
a sua turma esta lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET
perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo,
sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que
dará sentido à sua vida.
O amor é como tesourinha de unha, nunca está onde a gente pensa. O
jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor
pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na
fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar
cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no
computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, talvez você não o procure direito. A
primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas
é imprevisível.
Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos
Namorados. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa
terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, ou quando
você menos esperar. E as flores vão chegar num dia qualquer apenas
para informar-lhe como você é especial para alguém, assim... Sem um
motivo ou data especial.
Passe essa mensagem para outras pessoas. Pode ser que alguém esteja
precisando ouvir algo confortante... Ou mesmo para aqueles que já
encontraram o Amor, apenas para lembrá-los de valorizá-lo ainda mais.
Espalhe que o amor não é banal, que embora estejam distorcendo o
sentido verdadeiro dele nos tempos modernos de hoje, ele existe e é o
Ingrediente mais importante da poção mágica da Felicidade.
(fonte desconhecida)

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